Na manhã de hoje (26), o ministro do Conselho Nacional de Justiça do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, esteve presente no Tribunal de Justiça do Piauí para dar início a uma audiência pública que tem como objetivo agilizar os processos arquivados.
Dados do Conselho Regional de Justiça mostraram que o estado tem mais de 140 mil processos que ainda não foram julgados. Em virtude do fato, o ministro veio a Teresina para fazer uma inspeção e averiguar quais os problemas que levaram aos atrasos. “Não se trata de uma medida repressiva. Com a inspeção poderemos fazer um diagnóstico e propor soluções”, explica Gilmar Mendes.
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DEFESA PÚBLICA ADMITE QUE OS POBRES SOFREM NAS MÃOS DA JUSTIÇA
Um dos discursos mais aplaudidos na audiência foi o do representante da Defensoria Pública, Roberto Gonçalves. Ele explicou as dificuldades enfrentadas pela entidade no estado. “Fazer a defesa dos pobres, em um dos estados mais pobres do país é um esforço quase desumano. Para os pobres a política e a justiça são sempre mais dolorosas. Esse não é um problema local, mas mundial”.
Segundo Roberto Gonçalves, o problema é ideológico. “A repressão penal é eminentemente seletiva e isso é ideológico. Estamos sempre demonizando certas pessoas, sem a devida reflexão. O judiciário não pode pegar o embalo de certas teorias. Temos que reprimir isso.”