Um dos textos mais esclarecedores [não estou sendo irônica] que eu já li:
Linguagem e ação são dois componentes de troca social que têm uma autonomia própria e que, ao mesmo tempo, se encontram em uma relação de interdependência recíproca e não simétrica.
[Não entendi direito, mas acho que é algo como uma pessoa que vive só mas depende se outra... talvez]
Todo ato de linguagem emana de um sujeito que apenas pode definir-se em relação ao outro, segundo um princípio de alteridade (sem a existência do outro não há consciência de si).
[Isso eu lembro bem das aulas do PF, um discurso sempre parte do enunciador para o seu outro - trazer o outro para dentro do discurso].
Nessa relação o sujeito não cessa de trazer o outro para si, segundo um princípio de influência, para que esse outro pense, diga ou aja segundo a intenção daquele.
[Sempre falamos procurando ter a razão e fazer o outro agir como queremos!].
Entretanto, se esse outro puder ter o seu próprio projeto de influência, os dois serão levados a gerenciar sua relação segundo um princípio de regulação.
[Imposição da verdade... a luta pra saber quem tem razão].
Princípios de alteridade, de influência e regulação são fundadores do ato de linguagem que o inscrevem em um quadro de ação, em uma praxiologia do agir sobre o outro. Mas, agir sobre o outro não pode continuar a ser uma simples questão de fazer fazer, fazer dizer ou de fazer pensar.
[O que é praxiologia?????]
O enfoque é acompanhado de uma exigência, a de ver a intenção seguida de efeito [sempre queremos uma resposta!]. Essa condição completa o enfoque comunicacional por meio de um objetivo que consiste em colocar o outro na obrigação de tomar uma decisão desagradável, isto é, em uma relação de submissão à posição do sujeito que fala.
A questão de saber o que pode obrigar o sujeito visado a submeter-se deve, então, ser colocada. Diremos que é a existência de uma ameaça ou a possiblidade de gratificação. [Resumindo: ou pressão ou presente!]
Uma ou outra constitui uma sanção, e é essa possibilidade que confere ao sujeito que fala alguma autoridade. Desde que essa seja reconhecida pelo parceiro na troca, o projeto de influência adquire um certo poder de ação. Dessa mesma forma o sujeito-alvo é colocado em uma posição de dominado, o sujeito de autoridade em uma posição dominante e os dois em uma relação de poder.
Assim, pode-se dizer que todo ato de linguagem está ligado à ação mediante as relações de força que os sujeitos mantêm entre si, relações de força que constroem simultaneamente o vínculo social.
------> Todo ato de linguagem está ligado a uma relação de poder! Simples!
* Texto de Patrick Charaudeau, Discurso Político
(nov)Idade
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tradicao é de comemorar de forma especial a data. Há poucos dias completei
30 ano...
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