21 de abr. de 2009

Família Seabra não perdoa o réu: “Ele teve tempo demais para pedir perdão, por que fez isso só agora?"

Após a réplica e a tréplica, o juiz Antônio Noleto informou que a votação seria feita à portas fechadas e pediu que a sala fosse esvaziada, permanecendo apenas o júri, a promotoria e a defesa.

Enquanto o resultado era esperado, a família Seabra deu entrevista ao Portal O Dia. Segundo o padrasto de Ricardo, Carlos Alberto da Silva, a família não aceitou o pedido de perdão de Wendell. “Ele teve tempo demais para pedir perdão, por que fez isso só agora? A gente não perdoa, ele devia ter pensado nisso antes de fazer o que fez. Ele nem socorreu o Ricardo, como pode se dizer amigo? Eu mesmo nunca tinha visto os dois juntos. Esse crime teve um motivo, foi irresponsabilidade e isso é crime de homicídio doloso, espero que ele seja condenado como tal”.

Carlos Alberto afirmou ainda que para a família, o desaparecimento da testemunha foi uma forma de manobrar a Justiça e que o homem alto, mencionado pela oficial que teria levado Daniele Sousa de carro seria o irmão do réu, Wellington Reis.

A mãe de Ricardo, Rezelda de Azevedo Seabra, disse que as afirmações sobre a pensão paga à filha e à viúva da vítima são falsas. “Ele pagava 15%, mas ele já diminuiu esse valor duas vezes e agora tem um processo na Justiça, iniciado por ele, para cancelar a pensão completamente”.

A mãe de Wendell Reis, assim como a família de Ricardo, também estava presente no julgamento desde as 8h, mas não quis dar entrevista.