20 de dez. de 2009

FORA ARRUDA

Lendo algumas matérias nesse final de semana, resolvi escrever um pouco sobre o cenário político nacional. Algo me chamou bastante atenção: O Distrito Federal está revivendo a Ditadura, porém, dessa vez não é a Militar, mas a Arruda! O governador está se fazendo de surdo diante de todas as críticas e de todos os protestos surgidos após o escândalo do Mensalão, que diga-se de passagem não é o primeiro ato de corrupção do referido político (em 2001 renunciou ao mandato de senador, para não ser cassado, após ser descoberta a fraude no painel de votações do Senado, lembram?)

Pois é, totalmente inconstitucional, no início desse mês José Roberto Arruda simplesmente recorreu à força policial para conter protestos. Parecia mesmo cenas de filmes da Ditadura: de um lado jovens estudantes, bandeiras na mão, rostos pintados, expressão; do outro, a cavalaria, 600 policiais escalados (Batalhão de Operações Especiais), armas de última geração, gás lacrimogênio, cachorros e tudo mais; no céu um helicóptero com atiradores profissionais portando armas potentes e mirando com cara de maus para a população lá de baixo.

Que país é esse? Não se tem um cristão com moral para mostrar ao tal governador que isso está errado? Quem pode fazê-lo parar? O impeachment nesse caso é pouco, é o mínimo. Ele está dando as costas pra Constituição Federal e deixando de respeitar tudo que a humanidade brasileira conquistou nos últimos anos: a liberdade de expressão.

Além de violar os direitos constitucionais, Arruda simplesmente age como se fosse o rei por aqui. Ignorou o próprio partido e quando viu que não tinha mais jeito ainda recorreu na Justiça na tentativa de impedir qualquer procedimento do DEM. Quando viu que não tinha chances, anunciou sua desfiliação, sem sequer uma justificativa ao partido.

Olhando pelo lado do Piauí, muito me envergonha o senador Heráclito Fortes. Ele foi um dos poucos que ficou em cima do muro, vendo os outros membros do partido pedirem a expulsão de Arruda. Heráclito e mais uns poucos exigiram do governo um ""tempo" para que o governador se defenda. Fala sério.

Mas, como diz o ditado, quem não tem cão, caça com gato. Se não tiver jeito de tirá-lo do cargo por corrupção explícita, fico feliz se ele for ao menos preso por sonegação de impostos. PELO MENOS ISSO.Justificar

14 de dez. de 2009

Coisa boaaaa

Férias...

Aniversário chegando...

Natal quase amanhã...

Viagem pro Rio...

Clima melhor...



REVEILLON!!!

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! FELICIDADE!

9 de dez. de 2009

Vale a pena criticar... [2]


Gente... o que que está acontecendo com a TV Clube? Nossa, assistir o Piauí TV agora é um momento pra sorrir! Sério mesmo gente. Dia desses eu tava assistindo o jornal de meio-dia e vi chamarem o entrevistado, Nilson Pereira, de Nilson Feitosa. Tenho certeza que por um minuto todos os telespectadores pensaram que era o próprio assassino da Thallyne Teles!

Fora isso, perdi as contas de quantas vezes o jornal começa mudo, de quantas chamadas são trocadas e de quantos erros de português a nova apresentadora comete! rs E as gagejadas sem fim??? Pode até ser perodoado pelo nervosismo e tal, mas que tal gravarmos mais uma vez para o telespectador não ter que ver isso????

Pela madrugada! Será que os funcionários não estão percebendo que algo não está correto? E o diretor? Tá mesmo é uma bagunça.

3 de dez. de 2009

Vale a pena criticar...

O grupo de acenadores que age mais fora do que dentro do Congresso foi indiciado em mais um crime: o Parlamentrocínio, que é roubo seguido de mandato. O cartel também é acusado de formação de família e de fazer parte do Grupo de Extermínio da Ética, da Moral e dos Bons Costumes. Ao saber da notícia, o grupo fez uma reunião de emergência e decidiu criar o PAC (Programa de Acobertamento aos Congressistas).

22 de nov. de 2009

Assistindo filmes e comentando...

Gente, eu tinha que falar sobre a bizarrice desse filme. Estava eu aqui em casa, sem fazer nada e decidi alugar uns filmes. Aluguei dois, um mais bizarro que o outro.

O primeiro foi Instinto Selvagem 2, mesma dinâmica de Instito Selvagem: Acaba e a gente fica na dúvida sobre a verdadeira versão dos fatos. Já o segundo, nossa, loucura! Em português, Uma Outra Mulher, em alemão, Ich Bin Die Andere.

Conta um caso de dupla personalidade: a recatada dra. Winter se apaixonou pelo pai quando tinha uns 8 anos, mas o viu na cama com a amante, no momento, sem querer provocou o acidente que deixou o pai paralítico. Daí, vivia uma relação muito estranha, meio que de submissão ao pai ou coisa parecida. De noite atacava como Carlotta, a puta de peruca, maquiagem pesada e vestido vermelho.

A loucura está só começando. Teremos em seguida um quadro de obsessão, incesto, auto-mutilação, alcoolismo, tentativa de fatricídio, de assassinato, e muito mais. De fato: para quem gosta de muita doença, muita piração da cabeça, eis aí um prato cheio.

Não sei o que eu queria vendo filme assim. Semana passada vi três comédias: "Alguém tem que ceder", "Espírito do Mal" e "O Monstro". Antes disso tinha assistido um filme que também me impressionou, "Atividade Paranormal", mas esses desse final de semana são pra deixar qualquer um tenso. Nesse "Uma outra mulher" não havia sequer um personagem psicologicamente normal.

27 de out. de 2009

Pequena análise da IstoÉ

Gente, essas últimas três semanas tenho analisado alguns textos da Revista IstoÉ. Não nego que apesar de todas as críticas que escuto sobre a revista, estou gostando dos textos. A linguagem tá mais leve e ao mesmo tempo o discurso tem uma boa carga de ironia e criticidade.

Ao contrário da Veja e de inúmeras outras revistas, a IstoÉ não tenta passar uma ideia de imparcialidade. E é isso que eu gosto. Ela se assume, os jornalistas tomam posições mais claras nos textos, opinam de forma fundamentada e sem a necessidade de esconder isso para parecer neutro.

Um exemplo é a matéria abaixo [íntegra]:

Meio Ambiente
Árvores para compensar casamentos e separações

O deputado Carlos Mannato tenta fazer virar lei o seguinte projeto de sua autoria: quem casar ou se divorciar deverá ser obrigado a plantar árvores. Motivo: em ambos os casos tem-se aumento no consumo de água e de energia. Casado, gasta-se mais, a dois. Separado, gasta-se mais, cada um em sua nova moradia. [grifo da revista] Também nas duas situações, há, segundo o deputado, alteração no espaço urbano. O plantio de árvores compensaria, em sua opinião, esses impactos ambientais.

- Deu pra perceber né?! A revista frisa bem que a 'opinião' é do deputado e a maneira como o texto é escrito mostra o quanto o jornalista e a revista acham o projeto sem fundamento. A parte em negrito é uma marca clara disso.

Bom... é isso.

22 de out. de 2009

Sem nexo

Quatro coisas importantes a escrever:

1) Em janeiro eu vou pro Rio de Janeiro! =p

2) Hoje é o dia de apresentação da minha pesquisa de doissssss anos de estudo e eu tô horrores de nervosa. =s

3) Amanhã o Grupo dos Cinco completa 3 anos de existência!! ^^

4) Ninguém conhece o senador Osvaldo Sobrinho!
COITADO! =D

20 de out. de 2009

Final de semana matando saudades

Alinhar ao centro


Perfeição é estarmos juntas... SEMPRE.
Amo Vocês!

Hora de novos rumos...

Saí do Sistema O Dia de Comunicação. Querer sair eu não queria, mas é hora de tomar algumas decisões e me centrar mais. Tem tanta coisa que eu quero fazer, mas que não sei como começar, então comecei me desocupando.

Deixei no O Dia momentos muito bons de crescimento, conhecimento, parceria e trabalho. Adorei os meus chefes, tanto a Arlinda Monteiro, como o Mussoline Guedes e o Hermes Coêlho. O clima no O Dia era muito agradável, até mesmo na época de reformas (rs).

Vou sentir, ou melhor, já tô sentindo falta dos amigos que eu fiz lá e das amizades que eu reforcei, como a Adara que é um AMOR de pessoa e vive me quebrando galhos! (rs).

Foram 9 meses (uma gestação! rsrs) de experiências gratificantes. Espero ter cumprido as expectativas! Agora é meter a cara nos livros e começar a minha tão complicada MANOGRAFIA.

10 de out. de 2009

Gente, fui multada! =/

Quebrando a promessa, hoje não vim para escrever sobre minha pesquisa! =/ Mas gente, é que eu tô revoltada... terça-feira a bruxa tava solta em mim, só pode.

Pra começar, cheguei atrasada no trabalho, depois fui pra UFPI assistir aula, cheguei na hora e fiquei esperando o professor numa sala, sem saber que a aula tava truando na outra sala (detalhe, a disciplina do meu orientador!), quando descobri a aula faltavam 5 minutos pro final =/.Chateada, fui dar monitoria de inglês no CCAA, e me disseram que eram DUAS HORAS de monitoria. Saí de lá rouca!

Pra completar, fui lanchar na Subway enquanto esperava minha irmã sair da Camilo Filho. De lascar, sem vaga e vendo que os outros carros também estavam estacionados onde era proibido, fui lá e coloquei o meu carrinho (não dava pra colocá-lo na cabeça e ir lanchar, né?)

Gente, demorei 15 minutos, juro! Saí de lá ainda mastigando o sanduíche e vi a porcaria de uma multa no vidro do carro! Ninguém merece! Eram 21h45. Que que o STRANS queria que eu fizesse? Estacionasse o carro na PQP e fosse lanchar andando? A essa hora da noite?

Tô revoltada. Me disseram que vou pegar 4 pontos na carteira e pagar R$ 80,00. Vou recorrer, claro né?! Até porque a própria polícia aconselha a não parar longe do destino ao escurecer. Mas é frustrante! Eu passo o tempo todo trabalhando, estudando e paro o carro pra comer: vão lá e me multam!

Quando peguei minha irmã, voltamos pra casa contando quantas irregularidades bemmmmm mais graves nós vimos. Perdemos a conta. Que país é esse?!

Tô achando que é preconceito contra meu tamanho =/

3 de ago. de 2009

ESTUPIDEZ e RELIGIÃO

Não sou contra religiões e crenças, sou contra os fanáticos! Meu namorado resolveu que é ateu. Eu não sou, por mais que eu seja meio "acredito no que vejo", eu confio em algo maior. Talvez para continuar lutando, ou mesmo por ser fraca. Já fui extremamente católica e já até frequentei o Centro Espírita, só que eu acabei encontrando um outro caminho. O MEU. Simplesmente creio em Deus, nessa força, nessa luz que faz com que as coisas dêem certo, porém precisamos também fazer com que essas coisas tenham chance de dar certo. E acredito que ir à missa e passar duas horas rezando não é o caminho.

Hoje eu li uma matéria no Terra que falava sobre um pai que deixou a filha morrer porque ao invés de levá-la ao médico ficou rezando para que a menina se curasse. Estupidez. Fé Fanática. Burrisse.

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A matéria: Pai é condenado por rezar em vez de levar filha ao médico

Um júri no Estado americano de Wisconsin condenou um homem pela morte da filha doente de 11 anos, por ter rezado por sua cura em vez de buscar ajuda médica.

A menina, Madelaine, morreu em março do ano passado, vítima de diabetes, em sua casa na zona rural de Wisconsin, cercada de pessoas que rezavam por sua recuperação.

No julgamento, neste sábado, o pai, Dale Neumann, 47 anos, disse que acreditava que Deus poderia curar sua filha.

Neumann, que chegou a estudar para ser ministro pentecostal, disse ao júri que, caso chamasse ajuda médica para a filha, "estaria colocando o médico à frente de Deus".

Somente quando Madelaine parou de respirar a família chamou uma ambulância. A mulher de Neumann, Leilani, já foi condenada pelo mesmo crime. O casal poderá pegar pena de até 25 anos de prisão quando sua sentença for divulgada, em outubro.

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Ano trasado presenciei outro fato: uma criança de 12 anos engravidou pela segunda vez, o médico foi reclamar com a mãe dela, que respondeu: 'se ela engravidou foi porque Deus quis assim'. Fala sério! Deus quis que ela fizesse sexo ainda criança, engravidasse com 11 anos e logo no outro ano pegasse outra barriga?! Pois esse Deus valoriza a superlotação da Terra.

Minha mãe mesmo é extremamente católica, do tipo de viver na Igreja. Certa vez, em junho deste ano, ela quase me faz tirar zero porque não tinha tempo de ir me deixar na UFPI, tinha que ir pra missa. Deus quer que eu reprove? Poxa, depois de tudo que eu tinha feito pra passar?!

Sinceramente, não sei o que se passa na cabeça desse povo. Pois o meu Deus torce por mim. Ele não quer que eu reprove, quer que eu me forme e me dê bem. Não quis que eu engravide aos 10 anos, mas quer que eu cumpra as etapas na hora certa. Ele não acha que eu erro por ser má e por isso não me castiga, simplesmente me mostra da maneira certa onde foi que eu errei. Ah... ele não mora na igreja, nem no culto, ele simplesmente tá na minha cabeça, dessa forma eu não tenho que ir até um determinado lugar e posso falar com ele até quando eu estiver fazendo prova! =)

31 de jul. de 2009

Sobre "No Limite" e a frescura

Assisti a estreia (sem acento) de No Limite. Não sei, mas não vi muita graça. O programa é muito confuso e eu siceramente acho que esse tipo de coisa vai contra a "dignidade da pessoa humana".

Logo no primeiro dia já tinha gente com ensolação. Tá, eu sei que a Globo dá protetor solar e tal, mas mesmo assim, 'bem'eu tenho certeza que esse sol todo não vai fazer nunca. Fora isso, eles comem mal, aliás, quase não comem. E aceitam tudo isso por dinheiro! Se expor sem necessidade, é humilhante e só serve para as pessoas passarem um tempo 'entretidas' em casa.

Acho que se não fosse a Globo, ou seja, se não fosse uma grande empresa, a Justiça já teria acabado com essa brincadeira. Onde está o Ministério Público que não vê essas coisas?

Bom, mas de uma coisa eu até gostei. Da tal de Bia ir pra berlinda, ou paredão, sei lá como estão chamando dessa vez. Aquela garota é tosca. Mas, não falo isso pela atuação dela no programa (até porque as cenas mostram mais os corpos sarados do que os rostos, então fica difícil de identificar quem é quem). Digo isso pelos comentários que ela fez antes de entrar no programa: "Não gosto de gente com frescura. Se eu tiver que conviver com gente assim eu vou ficar mal humorada". Vá a merda! Todos têm frescura, homens, mulheres... até os animais! Eu mesma tive um Fila Brasileiro que só tomava água gelada.

Mas nem assim eu vou perder meus segundos votando. Tenho um relatório pra fazer.

28 de jul. de 2009

Dexter, o retorno!

Gente... saiu o trailer da quarta temporada de Dexter. Perfect, mas só aumentou a curiosidade =(

Só me resta esperar até outubro mesmo.

23 de jul. de 2009

Eles só queriam informar os confinados!

Certo, eu não assisto "A Fazenda", exibido na Record, mas, de tanto ler as notícias sobre esse 'interessantíssimo' programa, fiquei sabendo que as 'celebridades' estão lá dentro desde antes da morte do Michael Jackson! Nossa, coitados! Nem puderam assistir ao funeral!!! Raciocinando mais um pouco, percebi que eles também não sabem que o cara do "pintinho amarelinho" se bandiou para a Record... isso sim é inadmissível! Portanto, concordo com a atitude dos humoristas do Pânico em tentar informar os nossos tão amados participantes das "desgraças" que estão acontecendo pela mundo.

Entenda o caso lendo a matéria abaixo, trazida do site A Telinha:

A Record quer impedir que a equipe do programa “Pânico na TV” continue tentando sobrevoar a casa de “A Fazenda”.

De acordo com a coluna Outro Canal, a emissora passou a segunda-feira (20) estudando se deve ou não pedir o bloqueio do espaço aéreo da região em que é gravado o reality, na cidade de Itu, interior de São Paulo.

No último sábado, os humoristas do Pânico fizeram voos de ultraleve sobre a casa e tentavam avisar aos participantes do programa que Michael Jackson havia falecido e que Gugu Liberato era o novo contratado da emissora.

As imagens não foram ao ar no “Pânico na TV” no último domingo, pois a Record conseguiu impedir a exibição das imagens pela RedeTV! na Justiça.

Thank you, friend!


Dana!!! diz:
adoro vc... to com saudadessss
Rafael Marinho diz:
boa noite
e durma bem =)
tbm adoro te
e tbm estou sentindo tua falta
beijos!
Dana!!! diz:
=*

A gente sente o valor de uma amizade quando ela se mostra assim, quando a gente mais precisa. A gente percebe que nem tudo tá ruim, mas a nossa mente chata e imatura teima em desmoronar quando os aborrecimentos chegam.

22 de jul. de 2009

Um comentário bobo

Uma noite como essa e tanta coisa aqui dentro: resolvi escutar música. É impressionante como elas se encaixam perfeitamente no momento. Estou num momento "try to figure out this life".
Ontem eu respondi um questionário sobre mim que me assustou bastante. De 1 a 4, onde 1 é 'nunca' e 4 é 'frequentemente', o quanto eu tenho medo do futuro? Se tivesse um 5 lá eu teria marcado.

É fato, eu tenho medo. Medo de não existir uma hora que eu vou começar a acertar...

"Welcome To My Life" - Momento EMO!

Do you ever feel like breaking down?
Do you ever feel out of place?
Like somehow you just don't belong
And no one understands you

Do you ever want to run away?
Do you lock yourself in your room?
With the radio on turned up so loud
That no one hears you screaming

No you don't know what it's like
When nothing feels all right
You don't know what it's like
To be like me...

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one is there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

Do you wanna be somebody else?
Are you sick of feeling so left out?
Are you desperate to find something more
Before your life is over

Are you stuck inside a world you hate?
Are you sick of everyone around?
With their big fake smiles and stupid lies
While deep inside you're bleeding

No you don't know what it's like
When nothing feels alright
You don't know what it's like
To be like me...

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one is there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

No one ever lied straight to your face
And no one ever stabbed you in back
You might think I'm happy
But I'm not gonna be ok
Everybody always gave you what you wanted

You never had to work
It was always there
You don't know whats it's like
What it's like

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one is there to save you
No you don't know what it's like (what it's like)

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one is there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life
Welcome to my life, welcome to my life

18 de jun. de 2009

DE LUTO

Confesso que pensei bastante antes de escrever sobre a decisão do STF de matar o diploma de jornalista. Eu pensei a noite toda sobre o que é ser jornalista e cheguei a algumas conclusões.

Muito do que é considerado "atividade de jornalista" pode ser exercido por qualquer pessoa que tenha o mínimo de formação, de fato. Mas eu lembro que na minha pré-adolescencia eu já sabia fazer muitas das coisas que os enfermeiros fazem [minha mãe era professora de enfermagem e eu na maioria das vezes sabia sabia responder toda a prova que ela passava aos alunos, isso aos 11 anos]. Fora isso, qualquer pessoa com o mínimo de formação pode fazer boa parte dos que os advogados fazem, do que os dentistas fazem, os administradores, etc...

Quando um médico vai fazer uma cirurgia ele manda que preparem o paciente e o levem para a sala de operação, depois disso, o paciente é anestesiado e então o médico entra na sala de luvas e roupas especiais, não toca em nada para não contaminar o paciente e o corta com um bisturi. Viu? Eu sei fazer boa parte do que um médico faz também. Só não sei deixar o paciente vivo. Mas, o que torna esse médico um profissional é o bem que ele traz ao paciente, o sucesso na cirurgia e, principalmente os anos de estudo que o ensinou o que fazer em situações graves.

O que faz do jornalista um profissional? Com certeza relatar um fato qualquer pessoa pode fazer, mas é a forma como esse fato é relatado que é a chave. Mexemos com as grandes massas, com a opinião pública, lidamos com a verdade e com a mentira, com as diferentes classes sociais, com as diferentes vozes e fontes, somos porta-vozes, fomos, somos e sempre seremos um símbolo de luta. Formamos a grande imprensa. É para isso que estudamos as Teorias da Comunicação, as técnicas redacionais, os efeitos da opinião pública, a ética e a legislação jornalística. Será que qualquer pessoa vai saber fazer o que um verdadeiro jornalista faz?

É por isso que existem os que inventam, os que opinam descaradamente e divulgam como notícia, os que escrevem errado e propagam o erro, fazendo do jornalismo um circo. Isso realmente qualquer um sabe fazer e em Teresina é só o que tem.

Os mais bem pagos "jornalistas" da imprensa teresinense nunca tiveram diploma. São os que têm a profissão de graça. Não dizem que quando é de graça não damos valor? Pois é. Pura verdade. E eu não estou falando dos mais velhos que conseguiram o registro porque aqui não existia o curso. Estes eu não tenho motivo para falar, mas os novos, os que estão aí fazendo as capas dos jornais e as manchetes dos portais sem ao menos ter pisado numa faculdade.

É o circo jornalístico, a comédia estampada em forma de notícia, assinada por verdadeiros palhaços de ternos de bolinhas. O que foi dito no Supremo foi vergonhoso para a classe, uma verdadeira falta de respeito com o nosso cuidado em fazer um trabalho sério e fundamentado. Desvalorizaram a nossa profissão e a colocaram em cheque. Mataram o nosso diploma.

Que tipo de país é esse que não estimula a educação e a formação profissional?

Estou de luto contra essa palhaçada. Vou mandar currículos para o HGV, para o HUT, para o TJ, para o STF. Afinal, a merda que eles fazem todo dia eu também sei fazer.

12 de jun. de 2009

DESABAFO [2]

É incrível como existem pessoas IRRESPONSÁVEIS na UFPI.
Eu sei que eu sou chata, perfeccionista e cobro muito, mas poxa vida, custa se importar com o curso?
Se a pessoa a quem eu me refiro ler isso, vai vestir a carapuça, tenho certeza. Vou ser clara: Se você fizer sua parte do trabalho em GRUPO não estará me fazendo um favor, e sim fazendo sua própria obrigação.

O que aconteceu nessa quinta-feira foi uma tremenda irresponsabilidade. Eu não tenho que ficar levando ninguém nas costas, nem quebrando galhos de ninguém. Assim como eu cumpro minhas obrigações você também deve cumprir as suas, pois não é justo que por sua culpa minha média caia.
Simmmmmm!! Eu me procupo com a minha média e não vejo problema nenhum nisso. Sabe por quê? Porque eu quero realmente ser alguém na vida e fazer diferença na profissão que eu escolhi. E quer saber o que eu acho? Pra mim você com essa acomodação toda não vai chegar a lugar algum.

Se isso fosse um trabalho individual eu não estaria nem aí pra sua nota.
Falando sobre perfeição: Eu discordo do que você disse. Eu não sou perfeita, mas eu tento ser e cada passo que eu dou eu chego mais perto, diferente de você que está sempre retrocedendo. Qual o problema em querer fazer tudo certo, sem erros, sem falhas, tudo o mais perfeito possível? Nisso eu não vejo problemas e sim muito êxito.

Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado, acima de tudo, vontade de crescer e ser a melhor. Sinto muito se nem todos são assim.

Boa sorte pra vc. Vc vai precisar.

29 de mai. de 2009

Não fume com cachorro em casa!

Ainda bem que eu não gosto de cigarro!


19 de mai. de 2009

Novidades!

Gente, tem um novo blog que eu quero que vocês conheçam.
Ele foi criado para a publicação das matérias que são feitas para a disciplina de webjornalismo, na Ufpi. Os autores do blog somos Lígia, Jadson e eu.

Veja lá. www.celulasete.blogspot.com

Nesse aí dá pra comentar!

11 de mai. de 2009

A história da "coleguinha"

Numa manhã de sábado, lá está a minha mãe às 8h esperando eu acordar para pedir um favor:

- Jordana, faz uma redação pra mim, de 30 linhas, pra eu levar pro espanhol... vale ponto!

- Mãe eu tô apressada, pode ser quando eu chegar?

- Não porque vale ponto [hein?!]


- [Prefiro não discutir] Tá, pois me dá o teu livro. Enquanto eu faço, liga lá pra Semtcas e pergunta qual o abrigo mais próximo da Vermelha ou da zona leste, porque eu vou ter que fazer uma matéria e a Tabata vai junto.

- Tá, me da o número.
Até aqui tudo normal. Mas, minha mãe tinha que aprontar uma:

- Alô?! É da Semtcas? É que minha menina tá precisando fazer um trabalho pra escola e vai precisar visitar um abrigo. Aí eu queria saber qual o abrigo mais próximo aqui da Vermelha e o mais próximo da zona leste, porque ela vai pegar a coleguinha dela lá.

[Imaginem minha cara de: 'Pelo amor de Deus, não diz meu nome']

Ela continuou:

Ah, tá certo. Pois vou mandar ela aí na sede. O nome dela é Jordana e a coleguinha que vai com ela é a Tabata. Quem elas tem que procurar?

Fala sério! Quase desisto da matéria. VERGONHA!

7 de mai. de 2009

Descoberta a origem da gripe suína

Ecaaaaaa!!!!!!!! Eu sabia que tinha algo porco no meio dessa história toda!

Povo brasileiro sem noção



Dezesseis pessoas morrem vítimas da gripe suína

Ou seja, precisa matar mais uns 400 para chegar perto do estrago que a dengue fez por aqui só no ano passado.
Fonte: Kibeloco

5 de mai. de 2009

Já sabemos o motivo de tanta enchente!

Comentário do Silas Freire sobre a visita do presidente Lula a Teresina:


"Eu já estive com o Lula, ele transpira demais. Pode reparar que toda hora dão alguma coisa pra ele se enxugar".


Tá vendo? É muita água!

Fonte: Tabata Michelle

Micos que presenciamos por aí [2]

Telespectadora, durante participação por telefone em um programa local:

"Não sei porque que na zona leste inunda. Aqui é área nobre, não é favela. Alguma coisa tem que ser feita".

Ignorância, será?! Oh, Nossa Senhora Protetora dos Ricos Idiotas, ajudai!


Amadeu Campos, ao comentar as inundações da Raul Lopes:

"Nenhuma água está passando no local".

Minutos depois:

"Me enganei, desculpem, a água passa. Os carros é que não passam".



ACONTECE!

29 de abr. de 2009

Pensamentos da última noite

A gente cresce e vai ficando sem tempo de fazer as coisas que sempre fazia sem pressa alguma. Hoje me peguei pensando no tempo em que eu só tinha que me preocupar com a escola. Saía de casa 6h30, com a minha mãe brigando porque tava eu ia me atrasar e hoje eu só vivo atrasada. Tinha hora do lanche, sempre no horário certinho, hoje eu engulo a comida se não quiser ficar horas e horas sem comer.
Eu achava tão ruim a pressão do vestibular, mas hoje vejo que são bem maiores e piores as pressões do trabalho, da universidade, da idade, da família, da minha profissão de forma geral, de um futuro mestrado, de um namoro mais sério, enfim. Cresci.
Engraçado que quando eu era criança eu nem me imaginava com 21 anos. Parecia que o tempo nunca ia passar, hoje, outra diferença, parece que o tempo passa rápido demais, tanto que às vezes me vejo desejando que tudo pare só por um diazinho, pra eu poder dormir, comer, estudar... não sei, qualquer coisa em horário normal.
Tenho um medo tão grande do futuro. Tenho medo de não ser nada de importante, de não conseguir o meu mestrado e de ficar no lugar comum, onde todos ganham um piso ou menos e trabalham como condenados. Não é isso que eu quero pra mim.
Conheço pessoas que se me ouvissem falando isso diriam que eu só penso em dinheiro e que não sou realmente apaixonada pelo jornalismo porque jornalista de verdade tem que lutar junto à sociedade, mesmo que não dê dinheiro e blá blá blá. Quero ver essa luta pagar a educação dos meu filhos e meu salão de beleza [que tem saído um absurdo ultimamente]! rs.
O fato é que eu amo mesmo o jornalismo. Nem sempre o pratico como eu realmente quero, mas no geral eu gosto mesmo. Mas, isso não me faz uma fanática louca! Preciso de dinheiro. Preciso de estabilidade. Preciso poder viajar no final do ano e preciso ter vida!
Não é que eu queira ser rica, mas se eu for, melhor ainda!

24 de abr. de 2009

O carrinho improvisado


Foto: Thiago Amaral

"A gente brinca de tudo, de estrelinha, de pega-pega... só que a lama atrapalha, se tivesse menos lama a gente brincava mais"
Foto: Thiago Amaral
Cleiton Pereira, o mais velho do grupo, disse que a lama incomoda muito porque atrai mosquitos. “Fica tudo cheio de água, não dá para brincar muito e ainda fica tudo cheio de mosquito. Tem até dengue”.

Estrelhinhas

Thiago Amaral

Eu perguntei às crianças o que elas gostariam de pedir ao governador Wellington Dias. Elas responderam de imediato: “A gente quer que ele bote água aqui e que dê uma quadra e uma bola para a gente brincar”.


As crianças do bairro Parque Brasil



Foto: Thiago Amaral

Durante a solenidade de inauguração do sistema de eletrificação no Parque Brasil, Teresina-PI, cerca de 10 crianças, de idade entre 1 e 13 anos, brincavam nas ruas alagadas do bairro. A lama formada pela água das chuvas era palco das mais simples brincadeiras improvisadas.

22 de abr. de 2009

Risco de desabamento: Famílias vivem em situação crítica na zona Norte

Foto por Thiago Amaral
Tatiane dos Santos, 17 anos, grávida de dois meses, mora com o marido, Leandro Freitas, 19, na Rua Manoel de Aguiar, bairro Mafrense, zona norte de Teresina. Quando chove, os dois são obrigados a se mudarem para a residência da mãe de Tatiane, pois a água da chuva invade todos os cômodos da casa do casal. “A gente tem que ir, é o jeito. Ficar aqui não dá porque a água sobe mais de meio metro aqui dentro, em todo lugar. As paredes estão para cair, eu já tenho medo”, declara a jovem.

Leandro e Tatiane não são os únicos a viverem a situação. Oziel Carvalho, 23, também morador do bairro, contou que as principais vítimas são as crianças, que não têm como irem à escola sem passarem pela lama. “Quando chove aqui a água sobe e tudo vira lama, não se tem condições de passar pela rua. Para não deixar as coisas piorarem ainda mais, a gente tirou as pedras da rua lá de cima para colocar aqui, só para poder levar as crianças até a escola”.

Já para a Francisca Brenda, 18, que mora com o marido e a filha de apenas dois anos de idade, a situação é ainda mais crítica. Ela é obrigada a ficar na casa, mesmo quando há inundação. “Eu não tenho para onde ir. O que eu posso fazer? Coloco a menina no colo e espero a água baixar. É o jeito. Mas, está aqui o resultado de ontem: o chão ainda está molhado e tem um pedaço de pau para segurar a parede que caiu pela metade”.

O lado "bom"

Mosquitos, cobras, jacarés, sapos, ratos, caranguejeiras. Todos esses animais são encontrados com frequência pelos moradores do bairro. Como uma forma de “ver o lado bom das coisas”, os homens da rua Manoel de Aguiar caçam esses animais para o almoço.

Durante a reportagem, Oziel Carvalho e mais três moradores foram até o campo de futebol para verificar as tarrafas de pesca que deixaram na lagoa que se forma no local quando chove e acharam dois peixes. “É um pai e um filho”, disse uma das crianças, se referindo ao tamanho dos peixes. “Ganhamos o nosso almoço”, disse Ozael, feliz com o achado e concluiu: “Mesmo na desgraça temos como tirar proveito”.

Segundo Leandro, os moradores estão preparando uma galinha que servirá de isca para a caça de jacarés. Ele disse que é comum encontrar jacarés de todos os tamanhos e que isso é perigoso para as crianças. “É perigoso demais, se uma criança dessa brincar na rua sem ninguém estar olhando, é capaz de morrer atacada por bicho”.

Agora sim: Minha opinião sobre o Wendell


Eu nunca tinha ido ao Tribunal Popular do Júri, também nunca tinha visto um julgamento sem ser nas novelas mexicanas.


Foi empolgante!


Cheguei lá querendo o pior para o Wendell, prisão perpétua, se possível. Eu pensava: ele enganou a todos, eu mesma acreditava que ele era uma boa pessoa lá no 11°DP, aí agora eu vejo que ele matou e extorquiu.


Bom, não sei se foi a cara penosa que ele fez. Não sei se foi a grande defesa do defensor público Juliano Leonel, não sei se foi o choro da mãe dele... só sei que no meio do julgamento eu já tava com pena do Wendell e querendo que ele pegasse a menor pena.


A defesa dele foi fantástica, exceto o fato do defensor falar pelos cotovelos e ser muito apelativo (acho que fazia parte do show). Realmente, o mais fácil de se pensar é que Wendell era um pobre coitado, de família pobre que quando conseguiu finalmente algo bom na vida, foi tirar uma brincadeira e acabou tirando a vida de um "amigo".

Bom, mas na mesma noite ele usou a carteira de policial pra se divertir numa boite e dirigiu bêbado. Errou do início mesmo.

Outra coisa que me deixa sem querer acreditar nele é a quantidade de absurdos usados para adiar os julgamentos. No primeiro ele demitiu o advogado dias antes do julgamento e o novo advogado pediu tempo para estudar o caso.

No segundo ele deixou de pagar o novo advogado e esse saiu do caso no dia do julgamento.

No terceiro, sumiram com uma das testemunhas imprescindíveis da DEFESA. Fala sério né?! Das duas uma: ou o juiz adiava ou dava motivo para a defesa recorrer.

Por essas e outras, não sei o que pensar. Mas que ele tinha cara de inocente coitadinho ele tinha.

21 de abr. de 2009

A condenação: Somente o Ministério Público saiu satisfeito do julgamento de Wendell Reis

Se por um lado o juiz condenou o réu a 12 anos de prisão, por outro determinou que ele deve ficar em liberdade até o resultado da apelação da defesa, uma vez que Wendell Reis não tem personalidade voltada para o crime.

Juliano Leonel avisou que dentro de 10 dias, prazo mínimo estipulado pela Justiça, ele irá recorrer da sentença, uma vez que acredita na ilegalidade do julgamento, que foi realizado sem a presença de uma testemunha imprescindível.

Para o promotor Plínio F. de Carvalho, o julgamento não deve ser anulado, mas se for, o Ministério Público está pronto para reverter. “Fizemos de tudo para localizar a testemunha, não tem motivo para anular o julgamento mais uma vez. Com a decisão, o Ministério está satisfeito. Sempre que se faz justiça, ficamos satisfeitos”.

Ao sair da sala, revoltada, a mãe de Ricardo dizia: “Matou tem que ser preso, como pode alguém matar, ser tudo provado e a pessoa não ir presa? Está errado”.

Família Seabra não perdoa o réu: “Ele teve tempo demais para pedir perdão, por que fez isso só agora?"

Após a réplica e a tréplica, o juiz Antônio Noleto informou que a votação seria feita à portas fechadas e pediu que a sala fosse esvaziada, permanecendo apenas o júri, a promotoria e a defesa.

Enquanto o resultado era esperado, a família Seabra deu entrevista ao Portal O Dia. Segundo o padrasto de Ricardo, Carlos Alberto da Silva, a família não aceitou o pedido de perdão de Wendell. “Ele teve tempo demais para pedir perdão, por que fez isso só agora? A gente não perdoa, ele devia ter pensado nisso antes de fazer o que fez. Ele nem socorreu o Ricardo, como pode se dizer amigo? Eu mesmo nunca tinha visto os dois juntos. Esse crime teve um motivo, foi irresponsabilidade e isso é crime de homicídio doloso, espero que ele seja condenado como tal”.

Carlos Alberto afirmou ainda que para a família, o desaparecimento da testemunha foi uma forma de manobrar a Justiça e que o homem alto, mencionado pela oficial que teria levado Daniele Sousa de carro seria o irmão do réu, Wellington Reis.

A mãe de Ricardo, Rezelda de Azevedo Seabra, disse que as afirmações sobre a pensão paga à filha e à viúva da vítima são falsas. “Ele pagava 15%, mas ele já diminuiu esse valor duas vezes e agora tem um processo na Justiça, iniciado por ele, para cancelar a pensão completamente”.

A mãe de Wendell Reis, assim como a família de Ricardo, também estava presente no julgamento desde as 8h, mas não quis dar entrevista.

Réplica e Tréplica: Defesa e Promotoria reafirmam argumentos

Mesmo com o pedido da defesa, o Ministério Público decidiu pela réplica. Nesse caso, os promotores teriam direito de argumentar por mais uma hora e em seguida, a defesa poderia argumentar também por mais uma hora.

Plínio Fabrício reiniciou a argumentação sustentando que “Não há finalidade lícita em apontar uma arma para outra pessoa” e conclui a argumentação, depois de mais uma vez levantar as provas, dizendo que “o réu matou porque não sabe exercer autoridade. Matou porque quis matar”.

Na tréplica, o defensor Juliano Leonel apelou para as emoções do júri ao dizer que “não há punição mais grave do que a culpa que Wendell sente. Ele é culpado sim, por ter sido imprudente”. Mais uma vez a defesa ressaltou a importância da testemunha que não estava presente. “Se Daniele estivesse aqui, teria acrescentado mais detalhes ao júri”.

Defesa: “Foi uma irresponsabilidade, uma imprudência, e é isso que deve ser julgado”

A defesa de Wendell sustentava que o crime era caracterizado por homicídio culposo. Para começar sua argumentação, o defensor público Juliano de Oliveira Leonel afirmou que ainda era contra a decisão de ocorrer o julgamento sem a presença da testemunha Daniele Sousa. “A testemunha poderia trazer uma maior riqueza de detalhes ao Tribunal. Olhando para os olhos dela, vocês poderiam ver se ela estava falando a verdade ou não. É por isso que insisto na nulidade deste julgamento”.

Juliano Leonel afirmou que tem consciência de que o réu é culpado e que deve ser condenado, mas garantiu que não houve dolo, ou seja, o delegado matou sem intenção de matar. “Foi uma irresponsabilidade, uma imprudência, e é isso que deve ser julgado”. O advogado então ressaltou que Wendell Reis é um homem de origem pobre, um jovem delegado, que na época do crime havia acabo de passar em um concurso público. “Ele havia sido aprovado há oito meses, estava eufórico e afoito com o novo poder que tinha nas mãos por ser delegado. Usar uma identidade policial para entrar na boite só prova isso e esse fato não é tão incomum. É uma empolgação natural de jovens policiais, de jovens delegados”.

O advogado também ressaltou que em lugar algum do Brasil é ensinado que não se pode acionar uma arma desmuniciada e que provas mostram a existência de duas armas em poder de Wendell, portanto, é facilmente compreensível que pode ter havido troca, sem consciência, de uma arma pela outra. Foi citado na argumentação o depoimento de Maria do Amparo, policial que emprestou a arma para Wendell e com isso foram levantados os seguintes pontos:

Maria do Amparo havia afirmado que viu o réu bastante deprimido e inconformado dias depois do acontecido, postura incoerente com alguém que matou conscientemente, logo a morte de Ricardo não foi proposital.

Maria do Amparo também afirmou em depoimento achar que o crime foi um acidente e que a munição que havia entregado para Wendell servia para as duas armas.

A policial também destacou que a brincadeira feita com a arma de fogo foi repetida com seus filhos, mas na ocasião a arma não estava carregada.

A defesa ainda citou uma parte do depoimento de Daniel no qual ele afirmava não ter percebido a existência de outra arma porque estava no carro para se divertir, e, o depoimento da tão polêmica testemunha Daniele Sousa. “Ela havia afirmado que viu Wendell gesticular para seu irmão Wellington pedindo ajuda e que acreditava que a morte de Ricardo foi acidental. Ela também afirmou ter presenciado várias vezes Ricardo e Wendell tirarem brincadeiras entre si”.

Foi alegado, então, por Juliano Leonel que se Wendell se incomodasse com as brincadeiras de Ricardo, o teria matado há mais tempo, uma vez que a amizade era de 4 ou 5 anos e que a brincadeira entre os dois era recíproca.

Juliano, diante do fato de que o réu se ausentou do local do crime sustentou que “O senhor delegado fugiu por impulso, por estar desnorteado com o acontecido, não foi por má intenção”.

O defensor se despediu da argumentação agradecendo a compreensão do júri e afirmando que a hipótese de crime passional, por algum envolvimento amoroso de ambos com a mesma mulher foi completamente descartada desde o último julgamento. Ele então pediu à promotoria que não prolongasse mais o julgamento pedindo a réplica (1 hora a mais de argumentação).

Promotoria: "Como um amigo não presta socorro a outro? Ele matou com consciência"

O Ministério Público, representado no julgamento pelos promotores Eni Marques Pontes e Plínio Fabrício de Carvalho, alegava que o crime era caracterizado como homicídio doloso, uma vez que o réu tinha intenção de matar a vítima.

Para começar a explanação dos argumentos, Eni Marques indagou ao júri: “Wendell se dizia muito preocupado com a segurança dos policiais. Então por que, justo no dia do crime, Wendell deixou a delegacia sem armas?”

Na ocasião, o promotor leu partes do depoimento de Daniel, proprietário do bar, que disse em juízo ter visto o crime e também disse que o som ambiente era baixo, uma vez que já passavam de 2h e que por isso deu para escutar a brincadeira de Ricardo. Eni citou ainda que o tiro foi quase a queima-roupa, de acordo com a perícia realizada no corpo.

Para provar sua argumentação, Eni alegou que Wendell, por ser formado em Direito, por ter na época 30 anos, portanto não era um adolescente, por ter treino policial não poderia ter matado a vítima sem ter consciência do que estava fazendo. “Tinha consciência, sim”, afirmou o promotor.

Concluindo a sua fala, ele fez menção ao cantor Milton Nascimento: “Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do coração – não é para sair dando tiros no peito”.

Já o promotor Plínio Fabrício de Carvalho, que falou após Eni Pontes, “muito se quis, por meios ilícitos, que esse julgamento não ocorresse”. Para ele, toda a conduta de Wendell Reis, desde usar a carteira de policial para entrar na boite e se divertir, até o crime de extorsão do qual ele também supostamente teria sido responsável, mostra que ele não tinha boas intenções com a vítima.

Ele fundamentou seus argumentos na frase “Alguns homens não nasceram para ter poder” e numerou todas as infrações cometidas pelo delegado no dia do crime. “Usou de carteirada para entrar na boite e se divertir, bebeu portando arma de fogo, dirigiu após ter bebido, brincou com uma arma de fogo, matou um pai de família e ainda saiu sem prestar socorro. Como um amigo não presta socorro a outro amigo?”.

Também fez parte dos argumentos de Plínio o fato de que Daniel afirmou em seu testemunho que não viu duas armas dentro do carro. O promotor ainda afirmou que as armas eram diferentes, sendo que um Magnum 357 é uma arma restrita à autoridades e que as duas armas possuem munições diferentes.

"Foi uma irresponsabilidade cuja culpa eu assumo", disse Wendell Reis perante o juiz

Após o recesso, o delegado Wendell Reis prestou depoimento perante o juiz e o júri. Na ocasião, o juiz fez perguntas ao réu:

Juiz: É verdadeira a acusação de que o senhor matou a vítima Ricardo Seabra?
Réu: Sim, acidentalmente.

Juiz: As provas em relação ao homicídio são verdadeiras?
Réu: Sim, são verdadeiras, eu assumo que matei Ricardo, acidentalmente.

Juiz: O senhor conhecia a vítima fazia quanto tempo?
Réu: Fazia quatro ou cinco anos. Antes do acidente.

Juiz: O senhor tem algo contra alguma testemunha que aqui esteve presente? Ou essas testemunhas têm algo contra o senhor?
Réu: Não. Não tenho nada contra ninguém, conheço todos. Mas, não posso afirmar que elas não tenham nada contra mim.

Juiz: O senhor tem algo contra a família de Ricardo?
Réu: Não, nada. Mas não posso afirmar que eles não tenham nada contra mim.


Nesse momento, Wendell pediu permissão para relatar os fatos:
“Assumi a delegacia de José de Freitas em junho de 2003, juntamente com dois policiais, Marcos Vinícius e Manoel Sales. Quando cheguei lá, procurei estruturar a delegacia, principalmente porque havia necessidades em relação ao armamento. Não tinha arma, então, por segurança a assistente penitenciária Maria do Amparo me emprestou uma arma, revólver calibre 38, cano longo e mais seis balas. Essa arma foi repassada imediatamente aos policiais, que trabalhavam em plantões alternados e transfiram a arma entre si [...]. Como ainda não achava que os policiais estavam seguros, e essa era minha maior preocupação, quando vim à Teresina fui à Gerência de Armas e Munições – GAM – solicitar mais uma arma, pois os policiais estavam trabalhando desarmados. Eles me repassaram apenas a arma, sem munição e disseram ‘Se vire’. Então, tirei as balas da arma emprestada pela Amparo e coloquei nesse outra, que também era um revólver calibre 38. Como a arma era do Estado e a cautela estava no meu nome, pedi para os policiais tomarem mais cuidado, mas a minha preocupação maior era a segurança deles. Sempre que eu saia com as armas, a cautelada, municiada, era colocada embaixo do banco do carro e a desmuniciada, arma particular, entre os dois bancos, próximo ao freio de mão. No dia 05 de setembro, enquanto me dirigia para José de Freitas, estando próximo ao balão do São Cristóvão recebi uma ligação de um vereador, dando informações sobre um homicídio cometido em José de Freitas. Por causa disso eu liguei para a delegacia e avisei que não iria comparecer à cidade porque estava investigando o caso. Mas, ao chegar no 11° DP, onde seria feita a investigação, me deparei com uma paralisação do sindicato [...]. Às 18h, com as duas armas no carro, fui até a casa de uma tia e bebi três ou quatro cervejas em um bar em frente. Por volta das 22h fui para o trailer, a convite do meu irmão. Fui sozinho no meu carro, ele foi em outro com a minha tia Teresa. Havia alguns amigos no trailer, inclusive o proprietário, Daniel. Convidei todo mundo pra boite Side, mas fomos só eu e Daniel. Ao sair do carro, fiz uma coisa que nunca tinha feito, retirei a arma cautelada de debaixo do banco e coloquei na cinta, lembrei dos comentários dos meus amigos sobre roubo de carro e como a arma era cautelada, estava no meu nome. Me identifiquei como policial e entrei na boite. Passamos uma hora lá, até que eu chamei o Daniel para irmos embora, porque eu teria que trabalhar no outro dia em José de Freitas. Ao entrar no carro, através de um gesto rápido e sem consciência, coloquei a arma municiada entre os dois bancos, junto com a desmuniciada e abri a porta para Daniel. Passei no trailer para deixar Daniel quando vi meu outro irmão [...], ia descer para dar um abraço nele. Foi aí que vi também Ricardo, me cumprimentando de longe, nem sequer ouvi a brincadeira que ele fez, apenas queria brincar com ele e peguei a arma, pensando que era a desmuniciada e atirei, gritando ‘Polícia, amigo!’. Quando vi o que tinha feito, fiquei transtornado, ainda gesticulei para o meu irmão, para que ele ajudasse, mas, desnorteado, sai do local do crime e me dirigi à casa do meu pai, no Dirceu. Durante o percurso, sempre que olhava para a arma, pensava em tirar a minha própria vida, então, quando passei pela Ponte Tancredo Neves, joguei a arma pela janela. [...]. Eu disse pro papai ‘pai, atirei num amigo e quero saber como ele está, mas sai do local’, papai pedia calma e dizia que tudo ia dar certo. Eu nunca teria feito isso de propósito, nunca nem neguei o que ocorreu. Não foi por querer, eu não iria estragar minha vida no auge da minha carreira, enquanto tudo estava encaminhado. Se fosse meu irmão ou qualquer outra pessoa próxima teria acontecido também com eles, porque eu sempre fazia essas brincadeiras, sabendo que a arma não tinha munição. Eu sei que a família dele tem raiva de mim, mas eu nunca quis tirar a vida do meu amigo Ricardo [lágrimas]. Foi uma fatalidade. Carregarei essa dor pelo resto da minha vida . Eu peço perdão e clemência à família do Ricardo e repito que nunca quis lhe tirar a vida”.

A promotoria perguntou a Wendell porque ele disse que a arma entregue pela GAM teria sido um 38, se em depoimentos passados ele afirmou que era um revólver Magnun 357. Wendell respondeu que as duas armas são idênticas. “Não sou perito em armas, mas a munição que serve em uma, serve na outra. Só não sei identificar a diferença entre as armas sem analisá-las de fato”.

A promotoria então perguntou se o delegado apertou o gatilho ou a arma disparou sozinha. Ele respondeu: apertei, pensando que não tinha balas. Foi um gesto rápido.

A promotoria indagou ao delegado sobre sua nota nas aulas de armamento e tiro, na academia de polícia. “Passei com 10”, afirmou o réu, que completou que ainda tem porte de arma de fogo, mas nunca mais fez brincadeiras desse tipo com ninguém. Aproveitou para frisar que essa era uma brincadeira comum que ele fazia com todos os amigos próximos e ainda que Ricardo sempre retribuía a brincadeira. “Não tinha motivos para ficar com raiva, mesmo que eu tivesse ouvido a brincadeira, porque era algo natural, sempre brincávamos um com o outro”.

Continuando, Wendell afirmou que não se tratou de um crime passional e insistiu que não teria motivos para assassinar Ricardo. “Não existia motivo, foi irresponsabilidade minha, cuja culpa eu assumo”. Para finalizar, o delegado informou que, por decisão própria durante um acordo, passou a pagar pensão para a viúva e para a mãe de Ricardo. “Pago todo mês, descontado em folha, 30% do meu salário, 15% para a mãe, aplicada de forma vitalícia e 15% para a filha, até que ela complete 24 anos”.

Testemunhas explicam o crime: Wendell atirou em Ricardo e fugiu do local sem prestar socorro

O julgamento teve início às 12h25 com a leitura dos autos do processo. Em seguida, o juiz colocou a testemunhas em sequência e partiu para a oitiva. A primeira delas foi o professor Lucilândio Aguiar, testemunha de acusação, que por se declarar amigo da vítima foi colocado apenas como informante.

Lucilândio foi uma das pessoas que socorreu Ricardo após o tiro. “Quando Wendell chegou ao treiller, Ricardo se aproximou e falou a brincadeira ‘Só porque agora é delegado, não bebe mais com a gente?!’ O acusado então puxou um revólver e atirou, um pouco abaixo do peito esquerdo de Ricardo. Ele [Wendell] não prestou socorro algum e, quando eu sai de dentro do trailer eu só vi o Ricardo com a mão no peito pedindo ajuda. Coloquei ele dentro do meu carro, no banco da frente, e o levei, junto com Gutemberg, para o hospital, onde pediram que eu retirasse a camisa dele. Ao fazer isso, percebi que a bala transfixou o corpo de Ricardo, pois havia sangue na frente e nas costas”.

Segundo o professor, a vítima teria perdido muito sangue durante o deslocamento até o hospital e que dentro do carro ele dizia ‘Eu vou morrer, cara, vou morrer e não fiz nada’.

Ainda de acordo com o professor, a luminosidade e o som do ambiente não atrapalharam o reconhecimento das pessoas do local. “Tinha luminosidade normal, dava pra ver nitidamente qualquer pessoa e o som também não estava alto, então, acredito que Wendell tenha ouvido sim a brincadeira do Ricardo”. No entanto, o informante afirmou que não viu o acusado apontar e disparar a arma para a vítima porque nesse momento estava dentro do treiller, mas ouviu comentários posteriores de como tudo aconteceu. Ele também disse não ter ouvido nenhuma discussão antes do tiro e não saber que motivo teria levado Wendell a cometer o crime. “Uns seis meses antes eu lembro de estar bebendo numa mesa cheia de amigo em que estavam o Wendell e o Ricardo e o clima era amistoso, não percebi nenhuma desavença entre ninguém”.

A segunda testemunha, o comerciante Raimundo Nonato, também foi classificada informante porque se declarou amigo da vítima. Ele diz que não viu o disparo, apenas o ouviu de dentro do treiller e afirmou que depois do acontecido não ouviu nenhum comentário.

Por volta das 14h20 começaram a serem ouvidas as testemunhas de defesa. Uma delas foi Manoel Mendes de Sales, policial que trabalhava com Wendell na época do crime. Ele e o acusado trabalhavam juntos em José de Freitas, município do Piauí, há cerca de três meses. Como se declarou amigo, também foi classificado como informante.

Manoel disse que foi uma surpresa saber do que aconteceu, pois Wendell sempre teve boa índole. Ele explicou que a arma emprestada à delegacia para o trabalho dos policiais estava com Wendell no dia do fato e que era incomum que o delegado não repassasse a arma, um revólver calibre 38, para os outros policiais que permaneceriam no plantão. Ele respondeu à promotoria que não viu o registro numérico da arma e que por isso não pode afirmar que a arma apresentada como a que estava no carro do acusado foi a que saiu da delegacia. “Como só tínhamos essa arma, sempre que os policiais trocavam o plantão, um repassava a arma pro outro, mas nesse dia o Wendell tinha levado a arma para Teresina”.

A promotoria indagou sobre o tipo de treino realizado na academia para preparar delegados e policiais. O informante respondeu: “Na academia de polícia sempre disseram que não se deve apontar a arma para uma pessoa por brincadeira, não se pode colocar o dedo no gatilho sem necessidade de uso”.

"Ele não frententava minha casa nem foi padrinho do meu casamento"

Uma das mais esperadas testemunhas, a viúva de Ricardo, Camila Vanessa Monteiro Moura Seabra, depôs por volta das 15h30, como testemunha da defesa de Wendell. Entretanto, a estudante deixou bem claro que não está defendendo ninguém, que foi apenas arrolada como testemunha.

Camila insistiu no fato de que nada tinha a dizer sobre o acontecido, mas explicou que a afirmação que Wendell teria feito em depoimentos anteriores, de que seria padrinho do seu casamento com Ricardo era mentira. “Ele disse que foi padrinho do nosso casamento, isso é mentira. Casei na Igreja do quartel da Polícia Militar e a recepção foi no clube AABB. Wendell estava lá, mas estava como um convidado qualquer, não como padrinho”.

A promotoria indagou como a viúva soube do crime, ela respondeu: “Não estava na cena do crime, não vi nada, não sei de nada. Soube que o meu marido tava baleado porque minha comadre, madrinha da minha filha, me contou que ele estava no hospital. Mas quando fui para lá ele já tinha chegado a óbito”. Ela afirmou ainda não conhecer Wendell. “Ele nunca foi lá em casa, nunca o vi saindo com o meu marido. Não posso dizer que eles não se encontravam fora, mas sair juntos, nunca”.

Após dizer isso, a testemunha pediu para ser liberada porque deveria cuidar dos filhos pequenos. O juiz a liberou e deu um recesso de 20 minutos para almoço.

Testemunha imprescindível da defesa some: Manobras para adiar o julgamento?

Exatamente às 10h05, o juiz decidiu, mesmo sem a presença de Daniele Sousa, iniciar o sorteio dos sete componentes do júri. Durante esse sorteio, a defesa de Wendell impugnou todas as mulheres que foram sorteadas, resultando em um júri formado apenas por homens.

Às 10h30, diante da ausência de Daniele Sousa, o juiz cogitou adiar pela terceira vez o julgamento do delegado e, neste momento, a defesa e a promotoria debateram seus pontos de vista. Para a primeira, o julgamento não poderia ocorrer, tendo em vista o atraso da audiência e a ausência de uma testemunha constada nos autos do processo como imprescindível.

Para a segunda, o juiz não tinha motivos para adiar o julgamento, uma vez que estava clara a “manobra” da defesa para atrapalhar a Justiça. O Ministério Público considerou que a conduta do réu e da defesa prejudicava o andamento do processo, pois já seria o terceiro adiamento. Dessa forma, solicitou a prisão preventiva do réu caso o julgamento seja adiado. O juiz negou o pedido, ponderando que a medida não poderia ser tomada “por capricho”.

Pela convergência de idéias, o juiz Antônio Noleto solicitou então que mais uma vez a testemunha fosse procurada. No entanto, a oficial informou que, com base nas informações recém colhidas por ela mesma, Daniele Sousa teria saído de sua residência às 7h da manhã de ontem, portanto uma hora antes do julgamento, acompanhada de um rapaz alto e uma senhora “bem apessoada”.

Tendo em vista os relatos da oficial, o juiz entendeu que foi feito o possível para a busca da testemunha e que, através do Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição o julgamento deve ocorrer. A defesa por outro lado, prometeu recorrer à nulidade do julgamento, pois se ele fosse realizado sem a testemunha imprescindível, estaria fora da legalidade.

Marcela Seabra, prima da vítima, disse que lamentava os vários adiamentos do julgamento, já que não há dúvidas de que a morte de Ricardo foi provocada por Wendell. “Eu lamento tudo que ocorreu antes, mas agora estamos na esperança que tudo dê certo. Ele diz que foi um acidente, mas queremos que a Justiça seja feita, afinal de contas, acidentalmente ou não, ele tirou a vida de um pai de família”.

Juiz faz piada com atraso do julgamento de Wendell: "Deveria ter música aqui"

O julgamento do delegado Wendell estava programado para ter início às 8h de ontem (20), no Tribunal Popular do Júri, entretanto, às 9h da manhã ainda faltavam três testemunhas, uma da defesa e duas da acusação.
Nem o Ministério Público, representado pelos promotores Plínio Fabrício de Carvalho, nem a defesa, representada pelo defensor público Juliano de Oliveira Leonel, abriram mão das testemunhas. O juiz então pediu para que as mesmas fossem procuradas mais uma vez e trazidas, de onde estivessem.
Neste momento, a oficial de Justiça Teresinha se responsabilizou pela procura. Às 9h30, já estavam presentes duas das testemunhas que faltavam, mas Daniele Sousa, arrolada pela defesa como testemunha imprescindível para o julgamento não foi encontrada. O juiz resolveu esperar um pouco mais porque, segundo Teresinha, o chefe de Daniele a havia liberado para ir ao Tribunal prestar depoimento.
Com mais de uma hora de espera, o juiz Antônio Noleto fez brincadeiras na audiência, ironizando o longo tempo de espera. “É ruim esperar porque a gente nunca sabe no que vai dar, nessas horas deveria ter alguma música para ajudar a passar o tempo. Se alguém souber tocar violão, pode vir à frente”.

Delegado Wendell Reis é condenado pela 2ª vez a 12 anos de prisão

Na primeira hora desta terça-feira (21), após aproximadamente 13 horas de julgamento, o juiz Antônio de Reis Jesus Noleto proferiu a sentença condenando o delegado de polícia, Wendell Reis, a 12 anos de reclusão, pelo crime de homicídio doloso praticado contra a vítima Ricardo Seabra em 06 de setembro de 2003.

O condenado deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado, na Penitenciária Vereda Grande. No entanto, até a apelação da defesa, Wendell deverá ficar em liberdade. Além disso, o delegado foi condenado a pagar multa de cinco salários mínimos por danos morais e mais cinco salários pelos honorários advocatícios.


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17 de abr. de 2009

Micos que presenciamos por aí...

Elvira Raulino, durante a apresentação de um novo curso de inglês, fala, sem nenhum contexto:

- I AM WONDERFULL!

Reação do professor:

- O que?!

Ela, insistente, repete:

- I AM WONDERFULL!

Reação do professor:

- Ok.

10 de abr. de 2009

Reitor diz que demitirá comerciante que cobrar preços abusivos na UFPI

Durante uma coletiva de imprensa na manhã de hoje (8), o reitor Luis Santos Júnior, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), esclareceu sobre as licitações dos espaços físicos da instituição, assunto que têm gerado protestos e manifestações estudantis desde a semana passada. Segundo o reitor, por ser um processo legal, as licitações não podem ser barradas.

“Poderemos discutir outras formas, se alguém trouxer exemplos praticados em outras universidades brasileiras, podemos fazer algumas alterações no processo, mas barrar por barrar, não. É um processo legítimo e necessário para a UFPI”, explica.

De acordo com o edital, ganhará a licitação a pessoa física ou jurídica que oferecer o maior preço pelo espaço, sendo que o preço mínimo previsto no edital é de R$ 150. Baseados nisso, alunos e professores deduziram que o valor dos produtos, como as fotocópias, por exemplo, aumentarão de forma considerável, prejudicando diretamente a vida estudantil.

No entanto, de acordo com o reitor, após o processo de licitação, a UFPI poderá impor preços aos comerciantes, se o valor for considerado abusivo. “Da mesma forma que contratamos podemos quebrar o contrato. Se nossos alunos forem explorados, demitiremos o comerciante”.

Para Luís Júnior, a licitação é necessária para poder padronizar os serviços dentro da UFPI. Segundo ele, muitos dos pontos de lanche não estavam de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária.

6 de abr. de 2009

Alunos reivindicam contra licitação na UFPI

Em manhã conturbada, alunos da Universidade Federal do Piauí - UFPI estão fazendo um grande protesto contra o processo de licitação das barraquinhas de lanche e dos pontos de xerox. Segundo os estudantes, no edital do processo é explicado que ganhará a licitação a pessoa física ou jurídica que pagar o maior aluguel. Nesse caso, o mais provável é que os preços dos produtos aumentem, prejudicando os estudantes da instituição.

Com o apoio de alguns professores e mais de 300 alunos, eles fecharam o balão central da UFPI com paus, carros e galhos de árvore, atrapalhando totalmente o trânsito do local. Entre as buzinas, os estudantes utilizam-se de apitos e mega-fones para reivindicarem.

"Estamos aqui desde as 6h da manhã. Já tentamos falar com o reitor, mas ele nunca está e agora avisaram que ele está viajando. Temos o apoio de todos os Centros Acadêmicos. Não deixaremos esse processo acontecer", disse Narah Carter, membro da diretoria do DCE (Diretório Central dos Estudantes).

Após desbloquearem o balão da universidade, os estudantes se dirigiram ao R.U. (Restaurante Universitário), onde pretendiam comer de graça, apenas por hoje, como outra ação de protesto. No entanto, ao chegar se depararam com o cartaz: "Hoje, 2ª Feira, o RU não funcionará para almoço. Motivo: Bloqueio do acesso à unidade de abastecimento e produção da refeição". Revoltados, os alunos divulgaram que souberam por fontes seguras de dentro do próprio restaurante, que o reitor Luiz Júnior ordenou que não seja disponibilizado o almoço na manhã de hoje. O objetivo seria a dispersão dos estudantes e o enfraquecimento da manifestação.

De acordo com informações colhidas pela equipe de reportagem do Portal O DIA, todo o protestou se iniciou quando os alunos obtiveram a informação, junto a empresários dos ramos de fotocópias e lanches, que se o processo de licitação for aceito, as xérox irão aumentar de R$ 0,07 para R$ 0,15.

"E ainda querem trazer o McDonald's e o Bob's pra cá, imagina só quanto nos vai custar esse lanche? O reitor tem que entender que nós somos apenas estudantes de uma instituição pública e deveria lutar para proteger nossos interesses e não o contrário", desabafa um aluno de administração da UFPI.

A proprietária de uma das barraquinhas de lanche, Belita, que está há 16 anos no local, explicou que não é contra o processo de licitação, mas sim contra a forma que está sendo implantado. “Recebemos apenas uma notificação durante as férias, sem diálogo, sem acordo. O reitor não quis receber a gente, nem as vendedoras de bombons estão isentas do processo. A situação é difícil, quem está aqui há mais de 20 anos não terá a mínima prioridade. Sabemos que podemos participar, mas não temos certeza nenhuma que vamos ganhar, até porque há empresas participando”.

A secretária Érica, da reitoria, informou que o reitor está em viagem e por isso não pode atender à manifestação dos alunos. Descontentes e com fome, os estudantes organizaram um novo protesto planejando invadir a reitoria, com direito até a lema: "Se não tem comida, nós vamos almoçar na reitoria". Entretanto, procurando uma forma melhor de articulação, os resolveram fazer uma Assembléia Geral, sentados no chão em frente à sala da reitoria, para discutir os próximos rumos do protesto.

O estudante Frederico Kaiser, do Centro Acadêmico de Economia e conselheiro do Conselho Administrativo (CAD), afirmou que há um projeto feito pelos alunos, junto com os proprietários dos pontos, para ser apresentado ao reitor, como forma de evitar a licitação.

“Temos um projeto, há várias alternativas, uma delas seria o pagamento de aluguel do ponto, os proprietários aceitaram, mas o reitor não quer ouvir. Essas pessoas vivem disso, não podemos fechar os olhos para a situação. Não vamos parar até nos garantirem que o processo será cancelado. Entendemos que essa é uma forma de privatização”.

1 de abr. de 2009

O que achar desta foto??


a) Nazareno está muito suspeito
b) É tudo intriga da oposição
c) Finalmente uma foto natural do deputado

Foto tirada do site do Deputado Nazareno Fonteles: www.nazarenofonteles.com
Deu até vontade de abrir o link de comentários dessa vez...

31 de mar. de 2009

Tentanto buscar informações

- Bom dia, aqui é do Portal O Dia, eu queria algumas informações sobre o corpo que acabou de ser encontrado no Dirceu.
- Que dia?
- Hoje, moço. Hoje de manhã. No Mercado do Peixe.
- Ah... deve ser do 5° DP.
- Tá bom, brigada.


- Bom dia, aqui é do Portal O Dia, que queria algumas informações sobre o corpo que acabou de ser encontrado no Mercado do Peixe.
- De onde é mesmo?
- Do Portal O Dia.
- A gente não tem informações. A polícia já foi pra lá.
- Mas vocês sabem que horas aconteceu o crime?
- A polícia tá indo pra lá.
- Mas vocês não tem nada de informações?
- Não. A polícia deve tá chegando lá.
- Foi dentro do Mercado do Peixe mesmo?
- A polícia saiu daqui já.
- Mas foram quantas viaturas?
- Não sei. Só sei que tão chegando lá. Não tenho informações!
- Tá bom, brigada!

27 de mar. de 2009

ABSURDO e ROBALHEIRA!!!!!


Pessoa cara-de-pau. É só essa palavra que me vem à cabeça quando eu soube dessas informações. Ela diz que o Senado tá uma bagunça e não se toca que a maior bagunça são os "fantasmas" que fazem. A seguir, a matéria:

Funcionária do Senado para cuidar "dos arquivos" do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado "é uma bagunça". Luciana ainda falou das horas extras em janeiro, durante o recesso. A coluna do Jornal Folha de São Paulo telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana que ocupa o cargo de secretária parlamentar. Abaixo, um resumo da conversa:

FOLHA - Quais são suas atribuições no Senado?

LUCIANA CARDOSO - Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele.

FOLHA - Em 2006, você estava organizando os arquivos dele?
LUCIANA - É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá.

FOLHA - Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso?
LUCIANA - Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador.

FOLHA - E qual é o seu salário?

LUCIANA - Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado.

FOLHA - Cumpre horário?
LUCIANA - Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar “vem aqui”, eu vou lá.

FOLHA - E o que ele te pediu nesta semana?
LUCIANA - “Cê” não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?

25 de mar. de 2009

Falha na Comunicação?!

- Pequi foi preso pela terceira vez! Coloca a matéria, liga pro 1° DP pra pegar as informações.

E lá vou eu.

- Alô? É do primeiro 1º DP?
- Sim.
- Aqui é Jordana Cury do Portal O Dia, com quem eu falo?
- Com o Mesquita, chefe do plantão.
- Ah, sim. Eu queria informações sobre a prisão do Pequi, realizada na manhã de hoje.
- Ele tá aqui.
- Sim, eu sei, mas que horas foi a prisão?
- De manhã.
- Sim eu sei. Mas foi que horas?
- Cedinho.
- Ah tá, mas eu fiquei sabendo que houve resistência do acusado e dos familiares, o senhor confirma?
- Minha filha, lá até o cachorro resiste.
- Sei... (risos). Mas dessa vez ele tá sendo acusado de que? Ele vai ficar preso.
- Agora tem um mandato de prisão. Só se ele fugir.
- Tá certo. Mais alguma informação? Que dia ele vai ser transferido pra Casa de Custódia?
- Amanhã cedinho.
- Certo. Até mais.
- Até. Mas bote aí que quem fez a prisão foi o Carlão, não fui eu não.
- Pode deixar. Tchau.